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4 de nov. de 2012

Número de cirurgias plásticas aumenta a cada ano em Fortaleza e no Brasil. Casos de erros médicos relacionados á médicos não especialistas.

  O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, só perde para os Estados Unidos. Em 2008, foram realizadas 629 mil cirurgias plásticas de médio e grande porte. A constatação foi feita em pesquisa. Datafolha encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Das 629 mil cirurgias realizadas, 151 mil foram de mama (aumento e redução) e 91 mil de lipoaspiração. Essa foi a primeira vez que o número de cirurgias de mama superou o número de cirurgias de lipoaspiração.
Em 2004, último levantamento realizado pela SBCP, a situação era inversa. O número de lipoaspirações era bem maior que o de cirurgias de mama. Foram 198.137 contra 117.759. Isso não significa que o País reduziu o número de lipoaspirações. Uma das explicações para o fato, segundo especialistas, é que o procedimento deixou de ser realizado exclusivamente por cirurgiões plásticos. A cirurgia também pode ser feira por cirurgiões gerais.
A falta de especialização tem sido apontada como uma das causas do aumento de complicações em cirurgias de lipoaspiração. Inclusive a ocorrência de mortes decorrentes desses problemas. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, dos 289 médicos processados na área estética entre 2001 e 2008, 283 não eram especialistas na área.
Das cirurgias de mama, 74% são relacionadas a aumento e apenas 26% para redução. Na década de 90, a situação era bem diferente. Eram somente 10% de aumento e 90% de redução. O diretor da SBCP, Roberto Leal, credita tal fato à americanização do padrão de beleza. Isso porque os americanos gostam de seios volumosos.
A pesquisa constatou ainda que o País realizou 172 mil cirurgias reparadoras, o que representa 31% do total. Dessas, 81% são realizadas em hospitais públicos.